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Por que Milei precisou pedir ajuda aos EUA para lidar com crise econômica na Argentina?

Redação by Redação
setembro 24, 2025
in Negócios, News
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Por que Milei precisou pedir ajuda aos EUA para lidar com crise econômica na Argentina?
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Em um momento crítico para seu governo, o presidente da Argentina, Javier Milei, recebeu um impulso econômico e político de Donald Trump após uma reunião entre os dois em Nova York.

“Ele tem feito um trabalho fantástico”, disse Trump ao lado do presidente argentino.

Quando repórteres lhe perguntaram se ele iria “resgatar” a economia argentina, Trump respondeu que os argentinos não precisam disso.

“Nós vamos ajudá-los”, disse ele.

Trump se referia à ajuda financeira que seu governo ofereceu à Argentina na segunda-feira (22/9), por meio de mensagens publicadas pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent, no X, pouco antes da abertura do pregão de Wall Street.

O secretário afirmou que os EUA estão prontos para fazer “o que for necessário” para apoiar a Argentina e que “todas as opções estão sobre a mesa”.

O recado dado aos mercados foi interpretado como a possibilidade de os EUA concederem um empréstimo ao governo de Milei.

As opções, destacou Bessent, “podem incluir, mas não se limitam a” ferramentas como a linha de swap cambial, compras diretas de moeda estrangeira e compras de dívida pública denominada em dólares pelo Fundo de Estabilização do Tesouro (ESF, na sigla em inglês) — um fundo emergencial.

Se a oferta for aprovada, será uma medida bastante incomum. O presidente Bill Clinton emprestou quase US$ 20 bilhões do ESF ao México no final de 1994, quando o país vizinho sofreu a recessão econômica do chamdo Efeito Tequila — em meio a uma forte desvalorização do peso e uma enorme fuga de capitais.

Paralelamente, nesta terça-feira (23/9), o Banco Mundial, do qual os EUA são o maior acionista, acelerou seu apoio econômico ao governo de Milei, prometendo desembolsar US$ 4 bilhões de um pacote de ajuda de US$ 12 bilhões nos próximos meses.

A era eufórica — em que Milei recebia aplausos dos investidores por cortar gastos públicos e o déficit fiscal, reduzir a inflação, impulsionar crescimento e garantir um acordo de US$ 20 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI) — começou a se dissipar em meados deste ano.

Dúvidas surgiram nos mercados financeiros sobre a eficácia de seu plano quando ficou claro que as reservas do Banco Central estavam praticamente no vermelho e que o apoio político ao seu partido estava diminuindo.

Nos últimos dias, os investidores começaram a demonstrar sinais de desconfiança e, sob crescente pressão do mercado, o Banco Central do país tomou uma medida emergencial, alocando mais de US$ 1 bilhão de suas escassas reservas para estabilizar o mercado de câmbio.

Em meio a essa situação, muitos se perguntam como a economia argentina se deteriorou tanto — e em apenas alguns meses — a ponto de Trump ajudar Milei.

Esses foram alguns dos motivos:

1. Escassez de dólares

Quando Milei assumiu o poder em dezembro de 2023, “ele começou bem”, diz a economista Marina Dal Poggetto, diretora executiva da empresa Eco Go Consultores.

Naquele momento, o Banco Central se concentrou em comprar grandes quantias de dólares e reduzir o déficit fiscal, diminuindo o risco que o país representava para os investidores — e recebendo um voto de confiança dos mercados.

Com essa abordagem pragmática, a economista disse à BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC, que o presidente argentino conseguiu manter a governabilidade.

“Milei está amarrado à taxa de câmbio para baixar a inflação”, ou seja, ele coloca um teto para o dólar para que a cotação da moeda não suba muito, explica Dal Poggetto.

O governo conseguiu obter mais dólares e, em abril deste ano, o FMI garantiu um empréstimo que deu um respiro à economia argentina.

Esse modelo, segundo ela, começou a falhar quando o país começou a ficar sem dólares.

O país se comprometeu, entre outras coisas, a refinanciar os vencimentos da dívida pública em moeda local e estrangeira, mas não acumulou dólares suficientes para garantir os pagamentos.

A escassez de dólares levou a uma espécie de aperto monetário com altas taxas de juros que prejudicaram o crescimento econômico.

Em julho, a situação não parecia boa. O Banco Central não havia acumulado as reservas esperadas e, como uma bola de neve, a desconfiança do mercado vinha crescendo.

Em setembro, quando o governo sofreu uma derrota eleitoral na província de Buenos Aires, sua posição estava enfraquecida aos olhos dos investidores.

As tensões diminuíram nesta semana, quando o governo americano ofereceu assistência financeira à Milei, após as mensagens de apoio de Trump.

Também nesta semana, o governo argentino anunciou a suspensão das chamadas “retenções de grãos” — os impostos que o governo impõe às exportações agrícolas, com o objetivo de obter recursos em meio às tensões cambiais.

Essa suspensão temporária de impostos se estenderá apenas até 31 de outubro, cinco dias após as eleições legislativas, com o objetivo de aumentar a circulação de dólares no curto prazo.

2. Contexto político

As expectativas do mercado eram de que Milei faria ajustes fiscais e acumularia dólares e que seu partido venceria uma série de pleitos até a eleição presidencial de 2027.

Os ajustes fiscais foram feitos, mas as questões do acúmulo de dólares e do apoio dos eleitores parecem estar afetando o governo de Milei.

A combinação de derrota eleitoral com recentes escândalos de corrupção não ajudou.

Seu partido perdeu para a oposição peronista nas eleições legislativas na maior região eleitoral do país, a província de Buenos Aires, que o próprio presidente havia dito que seria um teste crucial para sua administração em nível nacional, disparando alarmes sobre a confiança do mercado.

E houve um escândalo de corrupção com a divulgação de gravações de áudio ligando Karina Milei, irmã do presidente Javier Milei, a supostos subornos. Isso teve um impacto significativo.

Esses vários fatores geraram “uma combinação de tensão financeira, cambial e política”, afirma Lorenzo Sigaut Gravina, economista da consultoria Equilibra.

Com minoria no Congresso, o governo teve vários de seus principais projetos rejeitados, enquanto os governadores exigem recursos para suas províncias em troca do apoio às reformas.

Além disso, os índices de aprovação de Milei caíram, o que também está deixando os investidores nervosos.

Um dos desafios do presidente argentino neste momento é chegar ao final de outubro sem novos contratempos e, a partir daí, encontrar maneiras de construir acordos políticos para sustentar seus planos além dessa data.

3. Peso supervalorizado

Vários economistas concordam que o peso argentino está supervalorizado. Alguns dizem que a moeda está entre 20% e 30% acima do nível normal.

Mauricio Monge, economista sênior para a América Latina da Oxford Economics, disse à BBC News Mundo que essa supervalorização é uma das principais causas da turbulência financeira dos últimos dias.

Como é necessário construir confiança nos mercados e garantir os pagamentos aos detentores de títulos com vencimento nos próximos meses, o economista sustenta que “o que o país realmente precisa é de uma desvalorização cambial”.

Existem diferentes maneiras de fazer isso. Por exemplo, liberalizar completamente a taxa de câmbio, o que “não é o mais aconselhável”, aponta Monge.

Outro caminho é modificar os limites das faixas (teto e piso) dentro das quais a taxa de câmbio se move para cima ou para baixo. Em outras palavras, expandir os limites de movimentação do dólar.

A Argentina precisa gerar um fluxo constante de dólares. No momento, isso não está acontecendo e as exportações não estão crescendo nos níveis esperados.

A ideia seria reduzir as importações e aumentar as exportações para que mais dólares entrem no país.

Isso criaria um superávit comercial maior (mais exportações do que importações) para que o Banco Central e o Tesouro possam acumular reservas.

Milei enfrentará um teste eleitoral crucial em outubro, quando cerca de metade do Congresso argentino será eleito — o que determinará o apoio político à sua agenda econômica.

Se ela não alcançar os resultados esperados, analistas acreditam que haverá um impacto nos mercados. E, mesmo que os EUA tenham lhe dado apoio, as perspectivas de longo prazo podem se tornar mais desafiadoras.

Por enquanto, não se sabe quanto a equipe econômica de Trump poderia emprestar ao governo de Milei, nem em que condições.

Da mesma forma, há grande incerteza sobre o que a Casa Branca receberia em troca de um hipotético resgate financeiro.

Todas essas incógnitas devem ser resolvidas nas próximas semanas.

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