Na busca por maior eficiência no atendimento e otimização da logística, o Mercado Livre anunciou nesta terça-feira (24), durante o Mercado Livre Experience, a ampliação do uso de robôs no processo de separação e organização de produtos em seus galpões. Segundo o diretor sênior de logística, Luiz Vergueiro, a tecnologia reforça a estratégia de expansão da base de clientes, que também inclui a redução do valor mínimo para frete grátis, de R$ 79 para R$ 19.
“O objetivo é agilizar o processamento de pedidos que envolvem diversos itens, permitindo que sejam concluídos de forma mais rápida e compacta. Assim, conseguimos viabilizar entregas no mesmo dia, até em horários mais tardios”, diz Vergueiro. Confira abaixo os novos Robôs de Separação da empresa.
Para Fernando Yunes, VP sênior e líder da companhia no Brasil, a adoção dos robôs vai além do reforço logístico: também impulsiona as vendas de pequenas e médias empresas que utilizam a plataforma. “É o vendedor que comercializa na nossa plataforma. Quanto mais rápido for o nosso processo, mais ele vai vender. É um benefício”, disse o executivo.
A nova frota robótica é composta por 125 unidades, responsáveis por manusear 105 mil itens diariamente. Segundo a empresa, eles irão reduzir em 25% os passos dados pelos funcionários dentro dos galpões, o que representaria cerca de uma hora a menos no ciclo de processamento dos pedidos.
Os novos equipamentos, que foram fornecidos pela chinesa Adver, se somam a 340 robôs da Quintron, já em operação. De acordo com Vergueiro, a estrutura já existente permite que 56% das encomendas sejam entregues no dia seguinte à compra. No estado de São Paulo, esse índice pode chegar a 73%.
Embora este seja o segundo ano consecutivo em que o Mercado Livre amplia a robotização em seus centros, Yunes afirma que não há planos de implementar robôs humanóides. “Acreditamos que ainda não é o momento.”
Robotização e impacto no trabalho humano
Apesar da expansão da robótica nos galpões, Yunes afirma que os robôs não substituirão os trabalhadores. Segundo ele, a tecnologia promove uma reorganização das atividades, direcionando os funcionários para funções de maior valor agregado.
“Essa mudança também reduz o esforço físico dos colaboradores. Antes, eles caminhavam em média oito quilômetros por dia dentro dos centros de distribuição. Com os robôs movimentando as prateleiras, a necessidade de locomoção diminui, permitindo que eles se dediquem a outras funções”, disse o executivo.
Além disso, Yunes destacou que o Mercado Livre está abrindo 12 mil novas vagas de trabalho no Brasil este ano, em paralelo à adoção dos robôs nos centros de distribuição.
*Com supervisão de Marisa Adán Gil