O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sancionou na quarta-feira (12/11) um projeto de lei orçamentária para encerrar a paralisação do governo mais longa da história dos EUA.
Ele sancionou o orçamento poucas horas depois de a Câmara dos Representantes aprovar o projeto de lei por 222 votos a 209 na noite de quarta-feira — e dois dias após o Senado ter aprovado o mesmo pacote por uma pequena margem.
No Salão Oval da Casa Branca, Trump disse que o governo agora “retomaria as operações normais” depois que “as pessoas foram tão prejudicadas” pelos 43 dias de paralisação.
O projeto teve amplo apoio dos republicanos nas duas casas legislativas.
Na Câmara, o texto foi aprovado por 222 votos contra 209 — com seis democratas juntando-se aos republicanos e votando “sim”.
Por conta da paralisação, durante semanas, programas de assistência alimentar ficaram suspensos para milhões de americanos.
O tráfego aéreo ficou congestionado devido à falta de controladores, cujos salários foram afetados pela paralisação.
Isso teve inclusive impactos diretos para membros da Câmara dos Representantes que tentavam chegar à capital do país nesta quarta-feira para a votação.
Derrick Van Orden, um republicano do Wisconsin, percorreu quase 1.609 km de moto para votar pela reabertura do governo.
O projeto aprovado prevê financiamento para o governo até 30 de janeiro, quando os parlamentares precisarão encontrar novamente uma maneira de financiar a administração federal.
O estopim do shutdown
O principal ponto de discórdia na disputa sobre a paralisação estava em demandas de democratas sobre o vencimento dos subsídios de saúde para milhões de americanos de baixa renda.
Os democratas queriam que um plano de gastos para o governo incluísse o financiamento desses subsídios.
Sem nenhum acordo, o governo entrou em shutdown.
Mais de 40 dias depois, com o agravamento da tensão e dos impactos da paralisação, um grupo de senadores democratas aceitou um acordo.
Em troca da promessa de uma votação sobre os subsídios de saúde em dezembro, eles votaram com os republicanos para romper o impasse.
Alguns deputados democratas, no entanto, não ficaram satisfeitos com o acordo, como o líder da minoria, Hakeem Jeffries.
“Estamos enfrentando uma crise de sobrevivência financeira e os republicanos estão se fazendo de desentendidos”, disse ele.






