As companhias aéreas dos Estados Unidos alertaram os passageiros para possíveis atrasos e cancelamentos de voos a partir desta sexta-feira (7), em razão da paralisação parcial do governo norte-americano. A medida ocorre após a Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) anunciar uma redução de 10% no tráfego aéreo em 40 dos maiores aeroportos do país, como forma de garantir a segurança durante o impasse político em Washington.
A FAA enfrenta escassez de pessoal, já que muitos controladores de tráfego aéreo estão trabalhando sem receber e alguns começaram a faltar. Isso tem provocado atrasos em voos de diversas companhias, especialmente em hubs como Nova York, Chicago e Atlanta. No último fim de semana, o Aeroporto Internacional de Newark Liberty, em Nova Jérsia, registrou atrasos de várias horas.
A Southwest Airlines informou que ainda avalia os impactos da decisão e garantiu que comunicará diretamente os clientes sobre alterações nos voos. A companhia pediu ao Senado americano que resolva o impasse orçamentário o quanto antes para restaurar a operação plena do sistema aéreo nacional.
A associação Airlines for America, que representa as principais empresas do setor, declarou estar em contato com o governo federal para tentar minimizar os efeitos das restrições. “Estamos trabalhando para entender todos os detalhes e faremos o possível para reduzir os impactos sobre os passageiros e a carga”, afirmou a entidade.
Entre os voos que podem ser afetados estão também os que partem dos Estados Unidos para o Brasil, operados por companhias como American Airlines, Delta e United. Passageiros com viagens marcadas para cidades brasileiras, como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, devem checar o status dos voos antes de se deslocar aos aeroportos.
O secretário de Transportes dos EUA, Sean Duffy, alertou que a situação pode se agravar na próxima semana caso o governo não consiga liberar o pagamento dos salários dos controladores. “Se o problema persistir, enfrentaremos um caos aéreo nacional”, afirmou.
O impasse orçamentário entre democratas e republicanos gira em torno dos subsídios de saúde e da aprovação do novo orçamento federal.
Fonte: Gazeta Mercantil Digital – Economia






