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Os transtornos causados pelos data centers gigantes que são base de vida online, mas consomem enormes quantidades de água

Redação by Redação
julho 16, 2025
in Negócios, News
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Os transtornos causados pelos data centers gigantes que são base de vida online, mas consomem enormes quantidades de água
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Quando Beverly Morris se aposentou em 2016, ela achou que havia encontrado a casa dos seus sonhos — um recanto tranquilo na zona rural da Geórgia, nos Estados Unidos, cercado por árvores e silêncio.

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Hoje, não é nada disso.

A apenas 366 metros da varanda da sua casa em Mansfield, no Estado da Geórgia, há um prédio enorme sem janelas, repleto de servidores, cabos e luzes piscando.

É um data center — um dos muitos que estão surgindo em cidades pequenas dos Estados Unidos, e ao redor do mundo todo, para abastecer tudo, desde serviços bancários online até ferramentas de inteligência artificial, como o ChatGPT.

“Não posso viver na minha casa com metade da casa funcionando e sem água”, diz Morris.

“Não posso beber a água.”

Ela acredita que a construção do centro, que é de propriedade da Meta (a empresa controladora do Facebook), danificou seu poço particular, causando um acúmulo excessivo de sedimentos. E agora transporta água em baldes para dar descarga no banheiro.

Morris conta que precisou consertar o encanamento da cozinha para restaurar a pressão da água. Mas a água que sai da torneira ainda tem resíduos.

“Tenho medo de beber a água, mas ainda cozinho e escovo os dentes com ela”, diz Morris. “Se isso me preocupa? Sim.”

A Meta afirma, no entanto, que as duas coisas não estão relacionadas.

Em declaração à BBC, a Meta disse que “ser um bom vizinho é uma prioridade”.

A empresa informou que encomendou um estudo independente das águas subterrâneas para investigar as preocupações de Morris. De acordo com o relatório, a operação do seu data center “não afetou negativamente as condições das águas subterrâneas na região”.

Embora a Meta conteste ter causado os problemas relacionados à água na casa de Morris, não há dúvida, na sua opinião, de que a empresa não é bem-vinda na vizinhança.

“Este era meu lugar perfeito”, diz ela. “Mas não é mais.”

Costumamos pensar na nuvem como algo invisível, flutuando acima de nós no éter digital. Mas a realidade é um tanto física.

A nuvem está presente em mais de 10 mil data centers em todo o mundo, a maioria deles localizados nos EUA, seguidos pelo Reino Unido e pela Alemanha.

Com a inteligência artificial impulsionando agora um aumento na atividade online, esse número está crescendo rapidamente — assim como as reclamações dos residentes próximos.

O boom dos data centers nos EUA enfrenta o desafio do ativismo local — com US$ 64 bilhões em projetos atrasados ou bloqueados em todo o país, de acordo com um relatório do grupo de monitoramento Data Center Watch.

E as preocupações não se limitam apenas à construção dos data centers. Também se referem ao consumo de água. Manter esses servidores refrigerados requer muita água.

“Esses processadores esquentam muito”, afirmou Mark Mills, do Centro Nacional de Análise de Energia, perante o Congresso em abril. “É preciso muita água para resfriá-los.”

Muitos centros usam sistemas de resfriamento evaporativo, em que a água absorve o calor e evapora — semelhante à forma como o suor absorve e libera o calor do nosso corpo. Em dias quentes, uma única instalação pode consumir milhões de litros.

Um estudo estima que os data centers impulsionados por inteligência artificial poderiam consumir entre 4,2 bilhões e 6,6 bilhões de metros cúbicos de água a nível mundial até 2027.

Poucos lugares ilustram essa tensão com mais clareza do que a Geórgia, um dos mercados de data center que mais cresce nos EUA.

Seu clima úmido oferece uma fonte de água natural e mais econômica para refrigeração dos data centers, o que torna o Estado atraente para os desenvolvedores. Mas essa abundância pode ter um custo.

Gordon Rogers é o diretor executivo da Flint Riverkeeper, uma organização sem fins lucrativos que monitora a saúde do rio Flint, na Geórgia.

Ele levou nossa equipe de reportagem a um riacho a jusante de um canteiro de obras de um data center que está sendo construído pela empresa americana Quality Technology Services (QTS).

George Dietz, um voluntário local, coleta uma amostra da água e coloca em um saco plástico transparente. A água está turva e marrom.

“Não deveria ter essa cor”, diz ele. Para ele, isso sugere fluxo de sedimentos — e possivelmente floculantes. Esses produtos químicos são usados na construção civil para fixar o solo e evitar erosão, mas se escoarem para o sistema hídrico, podem criar lodo.

A QTS afirma que seus data centers atendem a altos padrões ambientais e geram milhões em receita tributária a nível local.

Embora a construção desses data centers seja realizada com frequência por empreiteiras terceirizadas, são os moradores que devem arcar com as consequências.

“Eles não deveriam fazer isso”, diz Rogers. “Um proprietário mais rico não tem mais direitos de propriedade do que um proprietário com menos recursos.”

Os gigantes da tecnologia dizem que estão cientes dos problemas, e afirmam que estão tomando providências.

“Nossa meta é que, até 2030, estaremos devolvendo mais água às bacias hidrográficas e às comunidades onde operamos os data centers do que extraindo”, diz Will Hewes, líder global de gestão de recursos hídricos da Amazon Web Services (AWS), que opera mais data centers do que qualquer outra empresa no mundo.

Ele diz que a AWS está investindo em projetos como reparos de vazamentos, coleta de água da chuva e uso de águas residuais tratadas para refrigeração. Na Virgínia, a empresa está trabalhando com fazendeiros para reduzir a contaminação por nutrientes na Baía de Chesapeake, o maior estuário dos EUA.

Na África do Sul e na Índia — onde a AWS não usa água para refrigeração —, a empresa ainda está investindo em iniciativas de acesso e qualidade da água.

No continente americano, diz Hewes, a água só é usada em cerca de 10% dos dias mais quentes do ano.

Ainda assim, os números são significativos. Uma única consulta de inteligência artificial — por exemplo, uma solicitação ao ChatGPT — pode usar uma quantidade de água equivalente a uma garrafa pequena que você compra no supermercado. Multiplique isso por bilhões de consultas por dia, e a dimensão fica clara.

O professor Rajiv Garg ensina computação em nuvem na Universidade Emory, em Atlanta. Ele diz que os data centers não vão desaparecer — na verdade, estão se tornando a espinha dorsal da vida moderna.

“Não há como voltar atrás”, afirma Garg.

Para o acadêmico, o segredo é pensar a longo prazo: sistemas de refrigeração mais inteligentes, coleta de água da chuva e infraestruturas mais eficientes.

No curto prazo, Garg admite que os data centers vão gerar “uma enorme pressão”. Mas o setor está começando a se voltar para a sustentabilidade.

Isso não serve de consolo, no entanto, para proprietários como Beverly Morris.

Os data centers se tornaram mais do que uma simples tendência do setor — eles agora fazem parte da política nacional. O presidente americano, Donald Trump, prometeu recentemente construir o maior projeto de infraestrutura de inteligência artificial da história, classificando-o como “um futuro impulsionado por dados americanos”.

Na Geórgia, o Sol bate forte em meio à densa umidade — um lembrete de por que o Estado é tão atraente para os desenvolvedores de data centers.

Para os moradores locais, o futuro da tecnologia já está aqui. É barulhento, sedento e, às vezes, difícil de conviver com ele.

À medida que a inteligência artificial cresce, o desafio é claro: como impulsionar o mundo digital do amanhã sem esgotar o recurso mais básico de todos — a água.

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