Pesquisadores da Universidade de Granada, na Espanha, analisaram 12 estudos que envolveram mais de 110 mil participantes para identificar o número mínimo de passos diários capaz de reduzir o risco de morte por qualquer causa. O resultado, publicado na revista Journal of the American College of Cardiology, revelou que o ideal são oito mil passos por dia.
A descoberta derruba a crença popular de que seriam necessários 10 mil passos diários para garantir uma vida saudável. Essa ideia surgiu no Japão na década de 1960, quando a empresa Yamasa Clocki lançou o primeiro pedômetro, chamado Manpo-kei, promovido durante os Jogos Olímpicos de Tóquio. Até então, não havia base científica que sustentasse essa recomendação.
De acordo com o estudo espanhol, pessoas que caminham ao menos oito mil passos por dia têm 33% menos risco de morrer por qualquer causa do que aquelas que dão menos de quatro mil passos. Os benefícios se aplicam a indivíduos de diferentes idades, sexos e níveis de atividade física.
Considerando que o comprimento médio de um passo é de 76 centímetros para homens e 67 centímetros para mulheres, a meta de oito mil passos equivale a aproximadamente 6,4 quilômetros por dia.
Os cientistas destacam ainda que o ritmo da caminhada faz diferença, e que quanto mais rápido o passo, maiores são os ganhos para a saúde cardiovascular e a longevidade.






