A companhia aérea australiana Qantas apresentou as primeiras imagens do Airbus A350-1000ULR (Ultra Long Range), aeronave projetada para realizar voos sem escalas de até 22 horas — conectando a Austrália diretamente a Londres e Nova York. O modelo faz parte do ambicioso Projeto Sunrise, que prevê a fabricação de 12 unidades e a estreia do voo comercial mais longo do mundo.
De acordo com a Qantas, o primeiro A350 já está em montagem final na fábrica da Airbus em Toulouse, na França, e deve ser entregue no fim de 2026. As operações comerciais estão previstas para começar no primeiro semestre de 2027. As imagens do modelo foram divulgadas na semana passada.
As principais etapas de produção da aeronave já foram concluídas, com as seções dianteira, central e traseira da fuselagem integradas às asas, cauda e trem de pouso. Nesta semana, o jato será transferido para um novo hangar, onde receberá os motores e instrumentos de teste de voo antes do início do programa experimental previsto para 2026.
A autonomia recorde do A350-1000ULR será possível graças a um tanque adicional de 20 mil litros de combustível e a sistemas aprimorados de eficiência. A rota direta poderá reduzir em até quatro horas o tempo total de viagem em comparação a trajetos com escalas.
O design interno também foi pensado para priorizar o conforto e o bem-estar dos passageiros. A Qantas optou por uma configuração de 238 assentos, número inferior ao de outros operadores do mesmo modelo (que costumam ter mais de 300). A aeronave contará ainda com um espaço dedicado a alongamentos e exercícios, telas com programas de movimentação guiada, uma estação de hidratação e opções de bebidas e lanches leves.
A companhia também promete minimizar o jet lag por meio de tecnologias desenvolvidas em parceria com cientistas do sono: iluminação personalizada e serviços de bordo ajustados aos fusos horários dos destinos.
O nome “Projeto Sunrise” homenageia os lendários voos “Double Sunrise” realizados pela Qantas durante a Segunda Guerra Mundial, quando aeronaves da empresa permaneciam tanto tempo no ar que testemunhavam dois nasceres do sol.






