Segundo especialista, propriedade é uma das qualidades mais poderosas que um líder pode demonstrar A liderança eficaz vai além de delegar tarefas e cumprir prazos. Segundo David Finkel, CEO da Maui Mastermind, ela exige uma atitude de “propriedade”, ou seja, assumir total responsabilidade pelos processos, independentemente de erros ou obstáculos. Quando os líderes adotam essa postura, impulsionam o desempenho da equipe e estabelecem um padrão de responsabilidade coletiva.
Ter propriedade não se resume a cumprir tarefas, afirma Finkel em seu artigo para a Inc. O conceito vai além, abrangendo a responsabilidade total sobre o processo, desde o planejamento até a entrega final. Isso inclui identificar gargalos, propor soluções e reconhecer erros, sem se isentar de culpa. Ao contrário de uma atitude passiva, a propriedade exige uma mentalidade proativa. Quem pratica essa abordagem busca informações, articula com outros setores e toma decisões difíceis para garantir que o trabalho seja concluído com qualidade e no prazo.
Líderes que assumem responsabilidades e encaram desafios de frente servem de exemplo, incentivando o time a adotar a mesma postura. Por outro lado, segundo Finkel, líderes que se eximem de responsabilidades ou buscam culpados criam uma cultura de justificativas e inação.
A propriedade inspira confiança e segurança. “Quando os membros da equipe percebem que seus líderes reconhecem os próprios erros e buscam soluções, eles se sentem mais à vontade para assumir falhas e tentar novamente. Isso cria um ciclo de aprendizado constante e reduz o medo de punições”, afirma o executivo.
Como demonstrar propriedade na prática?
Ser um líder que toma responsabilidade vai além do discurso. É necessário aplicar ações concretas que sirvam de exemplo para a equipe. Para Finkel, essas são algumas atitudes essenciais:
1. Assuma os erros
Admitir falhas publicamente é uma das atitudes mais poderosas que um líder pode ter. Em vez de buscar culpados, o líder que reconhece suas falhas promove uma cultura de transparência. Quando isso acontece, os colaboradores também se sentem encorajados a admitir erros, acelerando o processo de correção.
2. Cumpra os compromissos
Compromisso não se limita a grandes projetos, mas também inclui pequenas promessas feitas no dia a dia. Um líder que cumpre o que promete constrói confiança com a equipe e demonstra previsibilidade, o que é fundamental para o bom andamento das atividades.
Se, por algum motivo, não for possível entregar o que foi prometido, o ideal é avisar com antecedência, explicando o motivo e apresentando alternativas. Isso mantém a confiança e a previsibilidade no relacionamento com a equipe.
3. Resolva problemas de forma proativa
Líderes que adotam a propriedade não esperam que as soluções cheguem até eles — eles tomam a frente do problema. De acordo com Finkel, isso pode significar buscar informações, articular com outras equipes ou tomar decisões rápidas. Mesmo que o problema não esteja diretamente relacionado ao seu setor, o líder que se antecipa mostra que está disposto a enfrentar desafios.
4. Assuma o sucesso da equipe
A verdadeira liderança não se limita a gerenciar o próprio desempenho, mas também a garantir o sucesso coletivo. Isso significa apoiar os colaboradores, oferecer recursos e orientações e, em alguns casos, dividir a responsabilidade por eventuais falhas.
Líderes devem promover cultura de propriedade
Uma cultura de propriedade transforma a forma como as equipes operam. Membros da equipe tornam-se mais proativos, assumem a iniciativa e colaboram ativamente para alcançar objetivos comuns. Esse senso de responsabilidade coletiva cria um ambiente onde as pessoas se sentem seguras para tomar decisões e agir, sabendo que terão o apoio de seus líderes diante dos desafios.
Quando os gestores assumem a responsabilidade pelo próprio trabalho, cumprem compromissos e resolvem problemas de forma proativa, o exemplo se reflete no comportamento da equipe. Isso não apenas aumenta a eficiência operacional, mas também fortalece o senso de pertencimento e o comprometimento de todos.
Para líderes que desejam incorporar essa prática, Finkel aconselha uma reflexão direta: “Estou modelando a propriedade em minhas ações?” Essa pergunta é um convite para que gestores avaliem sua própria conduta e identifiquem oportunidades de melhoria. Assumir a responsabilidade em uma situação desafiadora pode ser o primeiro passo para transformar o desempenho da equipe e, em última análise, a cultura organizacional.
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