Casa do Construtor se aproxima do primeiro bilhão e mira avanço internacional em 2025

A marca conta hoje com 760 lojas no Brasil e na América Latina, sendo 60 próprias. São Paulo segue sendo a principal praça, porém a expectativa agora é crescer no Sul e em outros países A construção civil está a pleno vapor: segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o setor está em seu nível de atividade mais alto desde o início da pandemia: 21,20%, motivado, entre outras razões, pelo maior dinamismo do mercado imobiliário. A Casa do Construtor, rede de locação de equipamentos para construção civil, soube bem aproveitar o desenvolvimento do mercado e está perto da casa de R$ 1 bilhão de faturamento — a maior receita desde sua criação, há cerca de três décadas.
Com 4,2 mil colaboradores, a companhia possui hoje um portfólio de 500 equipamentos para todas as fases da obra, como andaimes, betoneiras, rompedores, geradores e itens mais leves como furadeiras e serras. Mensalmente a rede aluga mais de 1 milhão de equipamentos e atende tanto pessoas físicas, quanto grandes empresas focadas em obras e reformas.
Em 2024 a Casa do Construtor abriu 100 lojas e está fechando o ano com mais de 300 mil novos clientes. Para se destacar, a companhia vem investindo cada vez mais na multicanalidade e em novos formatos de franquia — em 2023 a rede lançou furgões que funcionam como pontos de apoio para lojas físicas de seus franqueados.
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Além da estrutura, a marca está desenvolvendo novos treinamentos para a sua rede de franqueados, que tiveram mais de 15 mil horas de capacitações neste ano. “Os nossos resultados são frutos de uma jornada de posicionamento de marca e de relação com os nossos clientes e franqueados de longa data”, diz o cofundador da rede, Altino Cristofoletti.
Em 2023 a companhia faturou R$ 833,7 milhões e a expectativa é fechar 2024 com uma receita de R$ 950 milhões. Apesar do faturamento, Cristofoletti destaca que o mercado brasileiro ainda vem sofrendo pela falta de mão de obra qualificada e por não ter linhas de financiamento estruturadas para compras de máquinas e equipamentos.
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“O nosso mercado de consumo de máquinas e equipamentos é relativamente pequeno comparado com os Estados Unidos e Europa, por exemplo. A gente não tem um desenvolvimento grande de fornecedores locais, por exemplo, são poucas indústrias brasileiras que produzem máquinas e equipamentos para construção civil”, afirma o empresário.
Fundada em 1993 por Altino Cristofoletti e Expedito Arena, a Casa do Construtor iniciou sua trajetória na cidade de Rio Claro, interior de São Paulo. A marca conta hoje com 760 lojas no Brasil e na América Latina, sendo 60 próprias. São Paulo segue sendo a principal praça, porém a expectativa agora é crescer no Sul do país.
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“Hoje existem muitas cidades com um desenvolvimento econômico significativo. Nós estamos em todas as cidades de São Paulo e agora estamos olhando mais para o Sul. Infelizmente o que aconteceu no Rio Grande do Sul [as enchentes em maio de 2024] impactou demais a região e deixamos de abrir 30 lojas”, conta Cristofoletti
Além do Sul, a marca focará na internacionalização em 2025 — hoje a rede conta com duas unidades no Uruguai e seis no Paraguai. Neste momento, a Casa do Construtor está abrindo uma loja na Argentina e já começou a prospectar franqueados no Chile, Equador e Colômbia.
“Nós criamos em 2024, uma diretoria internacional com um time estruturado que vai dar todo o suporte para as unidades que já estão funcionando, além de cuidar de toda estrutura de abertura, implantação e suporte das novas lojas. Nós queremos pelo menos dobrar o número de franquias internacionais até o final de 2025”, destaca o cofundador.
Para ser um franqueado da rede, o empreendedor precisará fazer um investimento em torno de R$ 1 milhão, com uma taxa de franquia que vai variar de acordo com o estado que a unidade será implantada. Segundo Cristofoletti, a expectativa de retorno do investimento fica entre 24 e 30 meses, com uma margem de lucro entre 35% e 40%.
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