Segundo o Futurism, uma nova leva de malwares está começando a usar inteligência artificial para modificar o próprio código e burlar antivírus e firewalls. O fenômeno representa uma virada preocupante na corrida entre cibercriminosos e empresas de segurança digital: pela primeira vez, há registros de programas que “pensam” e se reconfiguram para evitar serem detectados.
O alerta veio de pesquisadores de cibersegurança que observaram ataques em que a IA incorporada ao malware gera variações quase instantâneas do código original, alterando trechos que seriam reconhecidos por sistemas de defesa. Em vez de se limitar a copiar padrões, essas versões conseguem reescrever funções inteiras, tornando inúteis as assinaturas tradicionais usadas por softwares de proteção.
O pesadelo dos sistemas antivírus
De acordo com o Futurism, a técnica combina modelos generativos com mecanismos de aprendizado por reforço, o que permite que o próprio malware teste versões de si mesmo até encontrar uma capaz de escapar das barreiras impostas. É como se o vírus digital tivesse aprendido a evoluir por tentativa e erro, um comportamento antes restrito a simulações de pesquisa.
Empresas de segurança afirmam que o avanço da chamada “malware generativa” pode obrigar o setor a repensar toda a lógica de defesa digital, baseada em padrões fixos de detecção. Em fóruns especializados, analistas discutem a criação de contramedidas também baseadas em IA, que consigam identificar comportamento anômalo em vez de apenas buscar trechos de código suspeitos.
A preocupação é que, diante dessa capacidade de mutação contínua, as fronteiras entre ataque e defesa fiquem ainda mais tênues — e que o futuro da cibersegurança dependa de uma disputa permanente entre inteligências artificiais rivais.






