SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – João Paulo Sampaio, coordenador da base do Palmeiras, explicou os motivos que fizeram o clube afastar por questões disciplinares o time sub-17 (comissão técnica, staff e atletas).
JP Sampaio vê que, hoje, os jovens são empresas e não mais simples atletas. O coordenador afirmou que tomou a medida para mostrar que a empresa na situação é o Palmeiras.
“Hoje eles [atletas] são empresas, tem staff, o empresário, fisioterapeuta, são empresas dentro do vestiário de um esporte coletivo. E cada um quer ver a sua empresa. Afastei um time todo para dizer: a empresa aqui é o Palmeiras. A mãe geradora é o Palmeiras. Essa empresa não se negocia, ninguém vai ser maior, sua empresa, seu staff, vai ser maior que o Palmeiras. Você só está aqui por causa do Palmeiras”, disse, ao Charla Podcast.
O coordenador vê que a medida deu resultado. Ele também destacou que o clube não pode “ser refém” de atletas jovens.
“Funcionou e espero que seja o primeiro de muitos. O clube não pode ser refém de adolescentes, criança, porque depois vão se transformar em monstros.
Temos esse poder, as vezes a família não tem, porque as vezes ele já é o chefe da família desde cedo. O clube não pode ficar refém. Espero que muitos façam isso. Para a formação deles como homens, não como atletas. Eles só estão ali porque o clube existe. Quer ser jogador de futebol, famoso, dinheiro, mas não quer passar pelo que o jogador passa: renúncias, sair de casa cedo, trabalhar”, falou.
ENTENDA O CASO
Em outubro, o Palmeiras afastou o time sub-17 da disputa do Paulistão da categoria. O torneio passou a ser disputado pelo sub-16.
O UOL apurou que a postura dos atletas do time sub-17 incomodou muito quem acompanhava os jogos e os treinos. Os atletas que já estavam na categoria evitavam trocar passes com quem subia do sub-16 e isso impactava no jogo da equipe. Além disso, o relacionamento também não era o ideal.






