Os proprietários afirmaram que a decisão era baseada em suas crenças pessoais e que não tinham a intenção de “prejudicar ninguém” Uma pizzaria vem sendo criticada após afirmar que não atende casamentos homoafetivos. Tudo começou quando um cliente publicou um print em que perguntava ao restaurante se era verdade o boato. A resposta foi direta: “Sim, isso é verdade” e gerou uma onda de indignação. Muitos afirmaram que a Pizzeria Cortile, localizada nos Estados Unidos, estava sendo preconceituosa.
Na página do Facebook do restaurante, os proprietários Justin e Amanda Jo Bennett afirmaram que a decisão era baseada em suas crenças pessoais e que não tinham a intenção de prejudicar ninguém.
“Essa crença vem de um lugar de convicção pessoal, uma que sabemos que não é compartilhada por todos, e é uma que mantemos sem julgamento em relação aos outros. Esta decisão não teve a intenção de prejudicar ou machucar ninguém. Lamentamos sinceramente a dor que isso possa ter causado”, escreveram.
Initial plugin text
A postagem também dizia que, com o tempo, eles esperavam “poder estender graça e compreensão” aos que se sentiram ofendidos, e que a pizzaria continuaria a “oferecer um ambiente acolhedor para quem desejasse visitá-los”. A publicação conta com mais de 3 mil curtidas e 250 compartilhamentos.
Mesmo com o pronunciamento, muitos usuários comentaram e acusaram a pizzaria de discriminação e intolerância. “Não há dois lados razoáveis aqui. Ninguém pediu para você ser gay. Ou promover qualquer tipo de mensagem. Eles pediram pizza”, afirmou um cliente. “Imagine recusar dinheiro por causa da homofobia… nesta economia é loucura para mim”, disse outro.
>> Siga o canal de PEGN no WhatsApp e receba notícias exclusivas
Outros seguidores afirmaram estarem decepcionados e prometeram boicotar o estabelecimento, inclusive, clientes antigos que consideraram uma quebra de confiança.
“Comprei um vale-presente durante a pandemia, quando você não pôde abrir o restaurante, mas estava pedindo apoio da comunidade para manter seu negócio funcionando. Fiquei superanimado com o Laney’s. Considero todos vocês amigos e estou genuína e profundamente triste com isso”, escreveu um usuário.
Nem todos os comentários foram negativos e alguns defenderam os proprietários e afirmaram que eles têm o direito de decidirem o que fazer com seu restaurante. “Esta família é muito gentil e doce. Se você está falando mal deles, você não os conhece de verdade”, destacou um. “Caso você não saiba, se você tem seu próprio negócio, você tem o direito de fazer o que quiser”, acrescentou outro.
Algo similar já aconteceu no Brasil. Em abril, uma papelaria recusou, na plataforma Casamentos.com.br, um pedido de orçamento para convites de casamento de Henrique Nascimento e Wagner Cardoso. Segundo prints divulgados, a papelaria Jergenfeld Ateliê escreveu: “Peço desculpas por isso, mas nós não fazemos convites para homossexuais”.
A marca foi descadastrada da plataforma por não cumprir a sua política.
Segundo especialistas ouvidos por PEGN na ocasião, a ação infringia uma das principais regras do Código de Defesa do Consumidor (CDC) com a recusa no atendimento e ao recusar atendimentos a consumidores, mesmo com disponibilidade de estoque, a prática pode ser considerada abusiva.
“Se a empresa tem disponibilidade do produto ou serviço para oferecer, não pode recusar atendimento a quem a procurar. Não importam convicções, posições, ideologias ou visões de mundo do empresário”, afirmou Igor Britto, diretor do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec).
Source link
[mc4wp_form]