Afinal, os ovos são amigos ou vilões do coração? Um novo estudo, conduzido pelo cientista do exercício Jonathan Buckley, da Universidade do Sul da Austrália, trouxe uma reviravolta no debate, desafiando orientações inconsistentes do passado e sugerindo que o consumo de ovos pode, na verdade, reduzir o colesterol LDL, conhecido como “colesterol ruim”.
A pesquisa, revelada pela ScienceAlert, focou em examinar as influências separadas da gordura saturada e do colesterol nos níveis de LDL.
O estudo envolveu 61 adultos que seguiram três dietas diferentes por cinco semanas cada. A principal conclusão, publicada na revista The American Journal of Clinical Nutrition, foi que uma dieta rica em colesterol, mas com baixo teor de gordura saturada e que incluía dois ovos por dia, levou a uma redução nos níveis de colesterol LDL.
Gordura saturada, e não o ovo, é a real vilã
Em contraste com os resultados positivos do consumo de ovos, o estudo de Jonathan Buckley revelou que dietas com alto teor de gordura saturada correlacionaram-se com um aumento nos níveis de colesterol LDL. Essa descoberta reforça a ideia de que a gordura saturada, e não o colesterol presente nos ovos, é o principal fator de elevação do ‘colesterol ruim’.
O próprio Buckley foi enfático sobre os achados. “Nós fornecemos evidências irrefutáveis de que os ovos, quando comidos como parte de uma dieta com baixo teor de gordura saturada, não impactam negativamente a saúde do coração”, afirmou o cientista. Isso significa que outros itens comuns no café da manhã, como bacon ou linguiça, são muito mais propensos a serem uma preocupação para a saúde cardiovascular do que os ovos.






