O presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajará a Pequim nos dias 12 e 13 de maio para participar da cúpula ministerial entre a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a China. O anúncio foi feito nesta terça-feira (22) pelo Palácio do Planalto.
A visita à capital chinesa ocorrerá poucos dias após Lula cumprir agenda em Moscou, entre 8 e 10 de maio, onde participará das comemorações pelo 80º aniversário do Dia da Vitória — data celebrada pelos russos como o fim da Segunda Guerra Mundial na Europa.
A cúpula Celac-China reunirá chefes de Estado da América Latina e Caribe para discutir o fortalecimento da cooperação com o gigante asiático. Além de Lula, é esperada a presença do presidente colombiano Gustavo Petro, cujo país ocupa atualmente a presidência rotativa do bloco regional.
Será a quarta edição da reunião ministerial entre os países da Celac e a China, em um momento de crescente aproximação entre Pequim e a América Latina. A China já é o principal parceiro comercial da maioria dos países latino-americanos, inclusive do Brasil.
À margem da cúpula, Lula deve se reunir novamente com o presidente chinês, Xi Jinping. Os dois líderes mantêm uma relação estreita: o brasileiro visitou a China em abril de 2023, poucos meses após iniciar seu terceiro mandato, enquanto Xi esteve em Brasília em novembro do mesmo ano, logo após a cúpula do G20.
De acordo com dados do governo brasileiro, a China é o principal parceiro comercial do Brasil desde 2008. Só em 2023, o país asiático foi o destino de cerca de 30% das exportações brasileiras, que somaram US$ 104 bilhões, impulsionadas principalmente por produtos agrícolas e minerais.
Do lado chinês, os investimentos no Brasil somam aproximadamente US$ 40 bilhões, com foco nos setores de energia, infraestrutura e tecnologia. A expectativa é que a nova visita de Lula contribua para aprofundar ainda mais essa relação estratégica.
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