A morte de Gugu Liberato, um dos apresentadores mais icônicos do Brasil, em 2019, não apenas comoveu o país, mas também deu início a uma intensa disputa judicial pela sua herança bilionária. Após anos de brigas e reviravoltas, o caso que envolveu familiares, parceiros e até supostos filhos chegou a um desfecho em 2024. Aqui, detalhamos os principais momentos dessa história e as implicações da decisão judicial que definiu o destino do patrimônio de Gugu.
O Testamento de Gugu Liberato
No testamento deixado por Gugu Liberato, 75% de seus bens foram destinados aos seus três filhos: João Augusto e as gêmeas Sofia e Mariana. Os outros 25% foram reservados para seus sobrinhos. Sua irmã, Aparecida Liberato, foi designada como inventariante, responsável por administrar a divisão do patrimônio avaliado em R$ 1,4 bilhão.
Essa decisão, porém, não agradou a todos os membros da família. Rose Miriam Di Matteo, ex-companheira de Gugu e mãe de seus filhos, não foi mencionada no testamento. Tal exclusão gerou questionamentos e uma série de conflitos familiares.
A Disputa de Rose Miriam
Rose Miriam buscou na Justiça o reconhecimento de sua união estável com Gugu, acreditando ter direito a uma parte da herança. No entanto, sua posição foi questionada pelo filho mais velho, João Augusto, que acreditava que os filhos poderiam prover o necessário para sua mãe, sem que ela precisasse de uma parte do patrimônio.
Após meses de embates e desgaste familiar, Rose decidiu retirar a ação judicial. A decisão foi tomada para preservar a paz e reconstruir a relação com os filhos.
O Suposto Relacionamento com Thiago Salvático
Enquanto a disputa de Rose parecia ter sido encerrada, outro elemento surgiu na narrativa: Thiago Salvático, chef de cozinha, alegou ter mantido um relacionamento de nove anos com Gugu Liberato. Por conta disso, ele reivindicou parte da herança. Salvático afirmou que o relacionamento era discreto devido à preocupação de Gugu com sua imagem pública.
A Justiça, no entanto, não reconheceu a relação como motivo para reivindicação de direitos sobre o patrimônio, mas o chef continua buscando formas de assegurar sua parte.
A Reivindicação de Ricardo Rocha: O “Falso Filho”
Outro capítulo polêmico envolveu Ricardo Rocha, que alegou ser filho de Gugu Liberato. Ele buscou judicialmente o direito de realizar um teste de DNA, na tentativa de comprovar seu vínculo com o apresentador.
Após meses de análise, o exame de DNA descartou qualquer possibilidade de parentesco entre Ricardo e Gugu. Apesar do resultado negativo, Ricardo tentou solicitar um novo exame e até demandou certidões de nascimento de Gugu e sua irmã Aparecida. Sua insistência foi recebida com resistência pelos herdeiros, que ameaçaram processá-lo por má-fé. Caso seja condenado, Ricardo poderá pagar até 10% do valor total do espólio.
O Desfecho Judicial
Em 2024, a Justiça encerrou oficialmente a disputa pela herança de Gugu Liberato. A decisão confirmou a validade do testamento deixado pelo apresentador, assegurando que seus bens sejam divididos conforme sua vontade: 75% para os filhos e 25% para os sobrinhos.
Rose Miriam desistiu de qualquer reivindicação judicial, priorizando sua relação com os filhos. Thiago Salvático e Ricardo Rocha, por sua vez, seguem com ações individuais, mas enfrentam dificuldades para provar seus direitos.
O Legado de Gugu Liberato
Além da herança financeira, Gugu deixa um legado inestimável no entretenimento brasileiro. Sua história, marcada por sucesso profissional e dedicação à família, continua a inspirar gerações. A disputa judicial que se seguiu à sua morte levanta reflexões sobre a importância de planejamento sucessório claro e detalhado para evitar conflitos familiares.