O smartphone, que revolucionou a comunicação e o acesso à informação nas últimas décadas, pode estar com os dias contados. De acordo com reportagem publicada pela revista WIRED, avanços recentes na inteligência artificial estão abrindo caminho para dispositivos mais integrados, invisíveis e inteligentes, substituindo potencialmente os celulares e até mesmo as telas como conhecemos.
A proposta central não é apenas aposentar o smartphone, mas eliminar a dependência de interfaces visuais. Com a evolução de assistentes virtuais e interfaces baseadas em voz, a interação com a tecnologia tende a se tornar mais fluida, intuitiva e presente em todos os ambientes do cotidiano.
window._taboola = window._taboola || [];
_taboola.push({
mode: ‘organic-thumbs-feed-01-stream’,
container: ‘taboola-mid-article-saiba-mais’,
placement: ‘Mid Article Saiba Mais’,
target_type: ‘mix’
});
Do botão ao comando de voz: como a IA está transformando a interação digital
A tendência é clara: falamos cada vez mais com as máquinas, em vez de digitar ou tocar em telas. O botão lateral do iPhone, por exemplo, passou a acionar o ChatGPT por voz, sinalizando uma mudança de comportamento dos usuários. Paralelamente, empresas como OpenAI e Apple trabalham em dispositivos que prometem repensar como acessamos a informação: menos telas, mais inteligência embutida.
Sam Altman, CEO da OpenAI, chegou a afirmar em evento recente que “não se tem um novo paradigma computacional com frequência”. A frase foi mencionada na WIRED em referência à parceria da empresa com o designer Jony Ive, conhecido por sua atuação na Apple. Segundo a reportagem, o time estaria desenvolvendo um dispositivo “anti-smartphone”: sempre ligado, sem tela e com interações por voz — lembrando o filme “Ela”, em que o protagonista se relaciona com uma assistente virtual.
Ainda que empresas como Apple, Microsoft e Meta sigam investindo em telas, com produtos como óculos inteligentes e dispositivos para casas conectadas, a WIRED argumenta que os displays sempre foram uma etapa intermediária. Eles serviram à tecnologia enquanto esta não era capaz de operar de forma mais orgânica com os humanos.
Pesquisas recentes apontam que uma grande parcela dos adolescentes já vê as telas como um incômodo. A promessa dos novos dispositivos alimentados por IA é justamente libertar os usuários da necessidade constante de olhar para um visor, oferecendo uma experiência mais natural, sem distrações visuais ou barreiras físicas.
O que esperar do futuro próximo
Ainda que a transição não ocorra imediatamente, os sinais de mudança já estão presentes. Dispositivos como o Rabbit r1, que não utiliza aplicativos nem exige interação por tela, indicam o início de uma transformação. Porém, será necessário um produto icônico, tal qual o iPhone foi em 2007, para consolidar esse novo modelo.
A adoção de tecnologias como vestíveis auditivos, assistentes embutidos em eletrodomésticos e interfaces invisíveis pode redefinir completamente a experiência digital. Mapas, imagens e vídeos serão projetados diretamente em superfícies, sem a mediação de telas físicas. E a interação acontecerá essencialmente por voz: com máquinas, objetos, ambientes e, quem sabe, com nós mesmos.
–borderColorFollowMe: #4a4a4a;
–textColorFollowMe: #005880;
}






