O governo dos Estados Unidos anunciou uma nova etapa em sua política de vigilância de fronteiras. A partir de 26 de dezembro, todos os não cidadãos que entrarem ou saírem do país terão suas fotografias registradas, informou o Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês). Em alguns casos, também serão coletados outros dados biométricos, como impressões digitais.
A regra, publicada nesta sexta-feira, abrange aeroportos, portos marítimos, fronteiras terrestres e qualquer ponto autorizado de entrada ou saída. O DHS afirma que a medida tem como objetivo reforçar a segurança nacional, evitando permanências irregulares e ajudando a identificar suspeitos de atividades criminosas ou terroristas.
Expansão do monitoramento sob o governo Trump
Segundo a Forbes, a decisão faz parte de uma política mais ampla do governo de Donald Trump para endurecer o controle sobre imigrantes e visitantes estrangeiros. Em janeiro, o presidente assinou uma ordem executiva determinando que todos os não cidadãos com mais de 14 anos que permanecessem no país por 30 dias ou mais deveriam se registrar no DHS e portar comprovante de registro.
Em setembro, a Casa Branca já havia anunciado um aumento expressivo nas taxas do visto H-1B, voltado a profissionais estrangeiros de alta qualificação. A justificativa foi a de que o programa estaria sendo usado para “prejudicar trabalhadores americanos”.
A medida se soma ainda à ampliação do uso da Guarda Nacional em cidades como Portland e Chicago, com o argumento de conter protestos e proteger agentes federais e propriedades ligadas ao Departamento de Imigração (ICE).
Escala e impactos da nova política
De acordo com a Agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP), cerca de 1 milhão de pessoas cruzam as fronteiras americanas todos os dias. A implementação do novo protocolo exigirá infraestrutura tecnológica e logística em larga escala, além de coordenação entre agências federais e governos locais.
Críticos alertam para o risco de uso indevido de dados pessoais e aumento da vigilância estatal, enquanto apoiadores veem a medida como necessária para conter ameaças à segurança e o fluxo irregular de imigrantes.
A Forbes procurou o DHS para comentar os detalhes da regulamentação, mas não obteve resposta até a publicação.






