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Cidade da Noruega pesca, salga e exporta bacalhau, protagonista da Páscoa

in Economia
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ÅLESUND, NORUEGA (FOLHAPRESS) – Com a proximidade da Páscoa, os brasileiros voltam os olhos para o bacalhau, um dos frutos do mar mais nobres disponíveis no mercado.

A reportagem viajou cerca de 11.000 km até Ålesund (a 600 km de Oslo), no litoral da Noruega, para conhecer a pesca e a produção do bacalhau do país. Tida como a capital mundial do bacalhau, a cidade tem sua história intrinsecamente ligada ao peixe e à pescaria.

A Noruega detém aproximadamente 27% do mercado global de bacalhau do oceano Atlântico em 2025 -das 700 mil toneladas produzidas no mundo, 190 mil são norueguesas, e 90% vêm de Ålesund. A cidade concentra o maior número de fábricas e é o maior centro exportador do produto no país do norte da Europa.

A história da pesca na Noruega remonta à era viking, mas o método de produção do “clipfish”, o bacalhau salgado e seco como conhecemos, começou no país no fim do século 17, e não foi inventado por noruegueses.

Naquela época, holandeses chegaram a Kristiansund, cerca de 170 km ao norte de Ålesund, e iniciaram a produção sem obter sucesso. Na virada para o século 18, escoceses investiram no segmento, que, dessa vez, engrenou.

Por muito tempo, Kristiansund foi o maior polo produtor de bacalhau da Noruega, posto assumido aos poucos por Ålesund.

“Acredita-se que a mudança se deve à frota de navios existentes na cidade e à maior proximidade da atual capital do bacalhau com locais onde os peixes podem ser encontrados”, conta Ane Havnegjerde, guia do Museu da Pesca de Ålesund. A cidade foi rápida em usar novas tecnologias e mudar a forma de produção.

Na época, os processos eram manuais e feitos ao ar livre. Após a captura do peixe, era feita a limpeza e a remoção da espinha. O próximo processo era a salga. Para a secagem, os peixes eram colocados sobre rochas, etapa que durava de duas semanas a um mês. A palavra “clipfish”, aliás, tem origem no termo norueguês “klippfisk”, fusão de “klippe”, rocha ou pedra, e “fish”, peixe.

Após a captura do peixe, era feita a limpeza e remoção da espinha. O próximo processo seria a salga. Para a secagem, os peixes eram colocados sobre rochas, etapa que poderia durar de duas semanas a um mês. A palavra “clipfish”, aliás, tem origem no termo norueguês “klippfisk”, fusão de “klippe”, rocha ou pedra, e “fish”, peixe.

“Fazer dessa maneira era muito trabalhoso”, conta Havnegjerde. “Você precisava de muitas pessoas. Então, entendemos como muitos puderam vir a Ålesund nesse período. Havia muito trabalho.”

De acordo com o museu, as pessoas responsáveis pela secagem ficaram conhecidas por analisar bem o clima. Isso porque o peixe precisava ser colocado para fora pela manhã com a intenção de evitar queimaduras pelo sol. Em caso de chuva, os produtores coletavam, empilhavam e protegiam os peixes, garantindo que ficassem secos.

Hoje, a captura, a salga e a secagem do bacalhau norueguês continuam a ser feitos. Mas os processos agora contam com mais recursos tecnológicos.

A pesca acontece nos mares da Noruega, do Norte e de Barents. Sonares são usados para localizar cardumes e avaliar o tamanho dos peixes. Migrações sazonais também são monitoradas.

A reportagem visitou um dos navios usados na pesca de arrasto do bacalhau e de outros peixes: o Havbryk, da empresa Strand Rederi.

Redes de até 300 metros de comprimento são usadas na captura dos peixes. Na parte interna do barco, há uma fábrica onde os funcionários fazem a limpeza dos peixes, organizando-os por tamanho e preparando-os para serem congelados -a embarcação também conta com frigorífico.

Nenhuma parte do peixe é desperdiçada: cabeça e entranhas são usadas na produção de óleo de fígado e farinha de peixe.

As empresas precisam respeitar cotas máximas permitidas para a pesca do bacalhau, visando evitar a sobrepesca, que ameaça a capacidade de reprodução e repopulação das espécies.

Tais empresas precisam respeitar cotas máximas permitidas para a pesca do bacalhau, visando evitar a sobrepesca, problema global que ameaça a capacidade de reprodução e repopulação das espécies. Além das cotas de sustentabilidade, os países possuem acordos entre si para a pesca nos mares.

“Estamos indo para o mar de Barents”, afirma Astrid Rederi, líder do navio pesqueiro Havbryk. “Isso leva aproximadamente três dias, e ficamos lá pescando por cerca de cinco semanas”. Há duas redes de pesca na parte de trás do barco, capazes de capturar 10, 15 toneladas de peixe de cada vez, conta ela. “A capacidade máxima é de 850 a 950 toneladas.”

Além das cotas de pesca, os navios precisam respeitar acordos entre os países. “Há uma linha territorial da Noruega para a pesca”, explica Astrid. “Também podemos ir para a Rússia porque temos autorização, mas nunca o fazemos.”

A reportagem também visitou as instalações da maior fábrica de bacalhau da Noruega, a Fjordlaks. Os peixes que chegam à planta passam por um processo de limpeza, onde a própria água do mar tratada é usada. Aqueles peixes com cabeça, por exemplo, são degolados.

No processo de salga, os peixes são colocados em tanques com camadas de sal -um quilo de sal para cada quilo de peixe-, permanecendo de dois a três meses. A secagem acontece em cerca de três a cinco dias em câmaras com secadores.

A peça inteira, aberta e sem cabeça, chega ao Brasil, mas outras partes são vendidas para outros lugares. A língua vai para Portugal. As costas, para a China. Outros subprodutos são usados na produção de óleo, e as ovas viram matéria-prima para o tradicional caviar de bacalhau norueguês.

Com os altos custos da pesca e da produção, o preço do produto vem subindo anualmente. De acordo com dados do Conselho Norueguês da Pesca, o preço por quilo, que era de 76 coroas norueguesas em 2021 (R$ 40), chegou a 138 coroas (R$ 74) no ano passado.

Isso explica o preço salgado nos mercados brasileiros: o quilo do Gadus morhua sai hoje por volta de R$ 150 a R$ 200. Partes nobres, como o lombo, podem chegar até a faixa dos R$ 400.

“A razão pela qual ele é caro é que a demanda é maior do que a oferta, e, quando as cotas [de pesca] diminuem, o preço sobe”, explica Ørjan Olsen, gerente de mercados emergentes do Conselho Norueguês da Pesca.

Em 2024, a Noruega exportou ao todo 25.536 toneladas de bacalhau Gadus morhua. Desse total, 3.504 foram para o Brasil -no ano anterior, haviam sido 4.199 toneladas (queda de 16%).

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