ENTERPRISE RELEVANCE
terça-feira, outubro 14, 2025
No Result
View All Result
  • Home
    • Home – Layout 1
    • Home – Layout 2
    • Home – Layout 3
  • Banking
  • Investing
  • Insurance
  • Retirement
  • Taxes
ENTERPRISE RELEVANCE
No Result
View All Result
Home Negócios

'Estamos inventando a medicina de cativeiro': o hospital que vai tratar reféns libertados pelo Hamas após mais de 2 anos sequestrados

Redação by Redação
outubro 13, 2025
in Negócios, News
125 8
0
TOPO
152
SHARES
1.9k
VIEWS
Share on FacebookShare on Twitter

Quando os 20 reféns israelenses libertados pelo Hamas nesta segunda-feira (13/10) foram transportados de helicóptero ao Centro Médico Rabin, em Petah Tikva, cidade próxima a Tel Aviv, uma das pessoas que mais os aguardava era a chefe de enfermagem Michal Steinman.

Ali, no setor de atendimento especializado no sexto andar do hospital, Steinman acompanharia o reencontro com familiares após mais de 700 dias de cativeiro, enquanto nutricionistas, médicos e especialistas em saúde mental monitoram e examinam cada etapa da recuperação física e psicológica.

“É um privilégio”, diz Steinman. “Estará entre os dois ou três momentos que vou conseguir lembrar quando eu tiver 70 ou 80 anos. Eles simbolizam muitos valores: como enfermeira, como mãe, como mulher, como israelense.”

É a terceira vez que a unidade de atendimento a reféns entra em operação. A BBC visitou o setor no sábado (11/10), quando a equipe de saúde foi informada sobre as identidades das pessoas que atenderiam.

“Não existe uma área chamada medicina do cativeiro, estamos inventando uma”, disse Steinman à BBC. Segundo ela, a equipe aprendeu duas grandes lições nas libertações de reféns anteriores, em novembro de 2023 e janeiro deste ano.

A primeira lição é agir como “detetive médica”, tentando compreender o que aconteceu durante aqueles longos dias e noites de cativeiro.

Nos casos anteriores, com reféns muitas vezes desnutridos, algemados e espancados, “havia alterações nos exames de sangue, nas enzimas, que não conseguíamos entender”, contou.

Eles também aprenderam que alguns sintomas podem levar dias ou semanas para aparecer.

“O cativeiro deixa marcas que o corpo lembra”, diz Steinman. “É possível ver todas essas camadas. Leva tempo para entender o que aconteceu com o corpo e com a alma deles.”

“Ainda estamos cuidando dos reféns que voltaram em janeiro e fevereiro e, a cada semana, descobrimos algo novo”, afirma.

A segunda lição é dar tempo. A equipe envolve um grande número de profissionais de diferentes áreas: nutricionistas, assistentes sociais, especialistas em saúde mental, além de toda a equipe médica.

Cada quarto privativo de reféns libertados tem uma placa de “não perturbe”. O clima de hotel é proposital, assim como os kits de cuidado, a decoração acolhedora, a iluminação suave, a cama hospitalar e os monitores. Há uma cama de solteiro extra para aqueles que não querem ficar sozinhos à noite, permitindo que um parente ou acompanhante durma ao lado. Os familiares mais próximos também têm quarto próprio, logo em frente ao do refém libertado.

“Você sabe que profissionais da saúde são orientados por tarefas. Há um cronograma. […] Mas aqui é preciso dar muito mais espaço. É preciso decidir o que é urgente e o que pode esperar dois dias. É necessário ser humilde e flexível, sem abrir mão da responsabilidade médica”, explica Steinman.

Entre essas responsabilidades está determinar o que os reféns, alguns dos quais podem ter perdido mais da metade do peso corporal durante o cativeiro, podem comer e com que rapidez.

A recuperação física é apenas parte da história. Karina Shwartz, diretora de serviço social do Centro Médico Rabin, é outra integrante chave da equipe, responsável não apenas pelos reféns, mas também por seus familiares mais próximos. Eles precisam calibrar delicadamente a dinâmica familiar, saber quando falar e quando permanecer em silêncio, diz ela.

“O mais importante é o que não estamos dizendo”, afirma. “Se estamos na sala e alguém nos conta algo muito difícil sobre quase ter morrido no cativeiro, e permanecemos em silêncio, é um silêncio muito alto.”

Mas, ao mesmo tempo, é preciso se conter. “Não podemos falar sobre dois anos em uma semana. Os reféns precisam de espaço e tempo. Também precisam de silêncio. Temos que ouvir. Ouvir a história deles.”

A equipe da unidade de retorno de reféns enfatiza que o trabalho não termina quando os reféns voltam para casa. A reabilitação médica e psicológica continuará, e os reféns também precisam ser preparados, diz Shwartz, para o momento “em que o mundo real chega”.

A mensagem que ela e sua equipe tentam transmitir aos reféns e às famílias é que todos vão querer vê-los. Durante dois anos, eles foram figuras públicas.

“Todos vão querer ser amigos. Dizemos a eles: é aceitável dizer não. É seguro dizer não”, afirma.

Por enquanto, o nervosismo em torno da expectativa da equipe é quase palpável.

“Vocês deveriam ver minhas mensagens no WhatsApp”, comenta Steinman. Ela diz que quase todos os 1.700 enfermeiros do complexo médico se ofereceram para fazer turnos extras na unidade.

“Você volta a ter esperança”, afirma. “Trabalhar aqui faz você perceber que a vida e os seres humanos são bons. Você percebe a força do espírito humano.”

Ainda assim, o maior prazer, segundo Steinman, será quando o trabalho terminar.

“Esta é a terceira vez que abrimos a unidade. Saber que será a última vez: que quando fecharmos este lugar e dissermos que a missão está cumprida, saberemos que o pesadelo acabou.”

  • Israel diz que cessar-fogo em Gaza já começou e anuncia retirada parcial do território; o que acontece agora
  • Hamas solta todos 20 reféns vivos em Gaza na 1ª fase de acordo com Israel
  • Cessar-fogo em Gaza: os 4 pontos críticos para o sucesso do acordo entre Israel e Hamas

Related Posts

Sondas na órbita de Marte captam novas imagens do cometa 3I/ATLAS
Negócios

Sondas na órbita de Marte captam novas imagens do cometa 3I/ATLAS

outubro 14, 2025
TOPO
Negócios

O aplicativo indiano que quer desafiar a supremacia do WhastApp

outubro 14, 2025
Microsoft lança seu primeiro gerador de imagens com IA, o MAI-Image-1
Negócios

Microsoft lança seu primeiro gerador de imagens com IA, o MAI-Image-1

outubro 14, 2025
Adoçante pode ajudar no tratamento capilar contra a calvície
Negócios

Adoçante pode ajudar no tratamento capilar contra a calvície

outubro 14, 2025
Nvidia começa a vender o menor supercomputador pessoal de IA do mundo
Negócios

Nvidia começa a vender o menor supercomputador pessoal de IA do mundo

outubro 14, 2025
TOPO
Negócios

Por que cada vez mais analistas falam em 'bolha' da inteligência artificial prestes a estourar

outubro 14, 2025

Posts recentes

  • Sondas na órbita de Marte captam novas imagens do cometa 3I/ATLAS
  • O aplicativo indiano que quer desafiar a supremacia do WhastApp
  • Rafael Tolói, do São Paulo, segue em tratamento e não enfrenta o Grêmio
  • Val Marchiori é internada para dar início à quimioterapia
  • Lavar o frango antes de cozinhar pode matar, e a ciência explica o porquê
ENTERPRISE RELEVANCE

We bring you the best Premium WordPress Themes that perfect for news, magazine, personal blog, etc. Check our landing page for details.

Categorias

  • Banking
  • Economia
  • Insurance
  • Investing
  • Negócios
  • News
  • Política
  • Retirement
  • Uncategorized

Follow us on social media

Recent News

  • Sondas na órbita de Marte captam novas imagens do cometa 3I/ATLAS
  • O aplicativo indiano que quer desafiar a supremacia do WhastApp
  • Rafael Tolói, do São Paulo, segue em tratamento e não enfrenta o Grêmio
  • Home
  • Banking
  • Investing
  • Insurance
  • Retirement
  • Taxes

© 2025 JNews - Premium WordPress news & magazine theme by Jegtheme.

No Result
View All Result
  • #874 (sem título)
  • Home
  • Home 2
  • Home 3
  • Sample Page

© 2025 JNews - Premium WordPress news & magazine theme by Jegtheme.

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In
This website uses cookies. By continuing to use this website you are giving consent to cookies being used. Visit our Privacy and Cookie Policy.