Em outubro, o Pix, um dos principais meios de pagamento adotados no Brasil hoje, alcançou quase sete bilhões de transações mensais pela primeira vez. Prestes a completar cinco anos no mercado, o número de transações pode chegar a 7,9 bilhões em dezembro, de acordo com projeções feitas pela plataforma de pagamentos EBANX.
Segundo a análise feita pela fintech, a partir dos dados oficiais do Banco Central do Brasil e da Corporação Nacional de Pagamentos da Índia (NPCI), o resultado representa uma alta de 15% em relação a setembro, acompanhando o tradicional aumento das compras de fim de ano. Além disso, o volume transacionado via Pix deve chegar a R$ 35,3 trilhões em 2025, um salto de 34% em relação a 2024.
Desde o lançamento do sistema de pagamento instantâneo até setembro de 2025, foram contabilizadas 196,2 bilhões de transações, movimentando R$ 84,9 trilhões. Segundo a EBANX, esse volume equivale a R$ 11,7 trilhões por ano — mais de sete vezes o PIB brasileiro de 2024.
Um movimento crescente e dinâmico
Dados internos da EBANX apontam para um crescimento ainda maior do Pix. Entre seus novos clientes, 74% utilizaram o Pix Automático para realizar a primeira compra.
A empresa também destaca uma mudança no comportamento dos usuários do próprio Pix. De acordo com a análise, o sistema deixou de ser usado majoritariamente como uma ferramenta de transferência entre pessoas físicas para se tornar um método de pagamento para compras.
Após o primeiro ano de operação, em novembro de 2021, 73% de todas as transações eram entre pessoas físicas (P2P). Com o aumento da adoção do sistema pelas empresas, o volume de operações entre pessoas e empresas passou a crescer, superando as transações entre pessoas físicas por uma margem de 600 mil operações.
Essa diferença aumentou ainda mais em outubro daquele ano, alcançando quase 4 milhões de transações a mais. Atualmente, as movimentações entre pessoas e empresas representam 44% do total, com projeção de chegar a 48% até agosto de 2026, segundo a fintech.
O perfil dos usuários
A análise também mostra que mais da metade das transações, 51,6% de todas as operações, foi realizada por pessoas entre 20 e 39 anos. Entre as regiões, o Sudeste lidera com 42,8%, seguido pelo Nordeste (26,6%), Sul (12,3%), Norte (9,7%) e Centro-Oeste (8,6%).
Entre os estados, São Paulo aparece em primeiro lugar, com 28,8% das transações. Em seguida vem o Rio de Janeiro, com 8,8%, e Minas Gerais, em terceiro, com 8,3%.





